Decorria uma aula “normal “ de Português , quando no seguimento de algumas sugestões literárias, a turma 8ºc propôs-me de forma espontânea, a criação de uma tertúlia literária. O entusiasmo foi de tal forma, que a professora de Apoio, Ana Valente, mostrou logo vontade em colaborar com esta iniciativa. Depois de agendar o dia da semana para o encontro, os alunos batizaram–na com o nome de “Tertúlia à mesa com os livros”, uma vez que o local escolhido foi a cantina da escola.
Verificou–se que nos dois primeiros períodos de aulas, a Tertúlia teve cada vez mais tertulianos, reunindo-se à hora de almoço na cantina. Esta rapidamente se transformou numa espécie de biblioteca. Assim, os alunos começaram cada vez mais a criar o hábito de visitar a biblioteca da nossa escola e puderam contar sempre com as orientações da Professora Bibliotecária Zulmira. Foram vários os projetos que surgiram, entre os quais se destacam os seguintes: a dramatização da Independência de Portugal e a leitura expressiva do conto “Microlândia”, no encontro com o escritor Moita Flores.
Nesta nova realidade em que fomos todos surpreendidos pela pandemia da COVID-19, a Tertúlia manteve-se firme, adaptando-se a uma nova forma de aprendizagem e partilha. Mais uma vez, de forma espontânea acedi aos pedidos dos alunos e criei o nosso espaço virtual no classroom, alargando a participação de outros docentes. Neste momento temos cerca de oitenta alunos que aproveitaram o confinamento para aprender, mostrar as suas produções escritas, partilhar livros e assuntos. Mas, sobretudo para desenvolver as competências da escrita e da leitura.
Mesmo em tempos difíceis, em que a vida de todos mudou radicalmente, assombrada por incertezas, os alunos mostraram resiliência, empenho e criatividade, superando as novas dificuldades surgidas, com a escrita. Mostro-me muito orgulhosa de todos os meus alunos e tenho a certeza que alguns descobriram que afinal escrever e ler não é assim tão “aborrecido”. Fico contente por terem aprendido a maior das lições “ Quem tem um livro, tem um amigo!”.
Um bem haja!

Ângela Almeida

O DIA EM QUE TE

Foi naquele dia em que te vi

Que senti o que era o amor,

e a esperança em nós, com o tempo

não morre apenas adormece,

pela dor que me estás a causar!

 

Mas acho que te vou amar para sempre,

Lutar para receberes o meu coração

 

E tudo irei manter

guardado no meu coração

o teu sorriso, o teu brilho do teu olha,

da imperfeição à perfeição.

prometo que não te vou desapontar.

 

Pois sempre serás a outra

metade do meu coração.

(AUTOR: Rui Vieira 8ºC)

O Poema

Tempos brancos e negros de esperança,

Que o tempo teima em palmilhar,

a vida é algo incrível de se viver.

E Tu iluminas o meu coração.

 

O amor é dor, que doí ao conhecer,

mas o amor nunca se vai esquecer.

Enquanto o meu coração bater!

 

Nunca mais vai parar…

Enquanto sobreviver,

Jamais vou parar de te amar

 

Eu dava a volta ao mundo

 Só para te encontrar,

Só para te ver, só para te poder abraçar.

Autor: Tertulianos da Escola Secundária de Figueiró dos Vinhos