Apresentamos a lista dos vencedores do 2º Concurso de Poesia do AEFV subordinado ao tema “Liberdade”.
No 2º Ciclo, foi premiado o poema “Liberdade”, do aluno Duarte José Napoleão Catrau, do 6º B.
No 3º Ciclo, foi premiado o poema “A liberdade no nosso tempo de vida”, da aluna Ana Margarida Coimbra Raposo, do 9º B.
No Ensino Secundário, foi premiado o poema “Saudade de Abril”, da aluna Sofia Ramos Pedro, do 11º B.
Parabéns aos jovens poetas!

 

Liberdade

Para pensarmos como queremos
precisamos de liberdade
mas para essa liberdade
temos de ter bondade

Para nós termos direitos
temos de ter deveres
não podemos tudo querer
sem nada fazer.

Temos de viajar
se queremos conhecer
mas para o fazer
liberdade temos de ter

Para me vestir
mais à minha vontade
liberdade preciso de ter
para eu poder escolher.

Duarte Catrau, 6.º B

 

A liberdade no nosso tempo de vida

A liberdade é uma palavra tão ouvida
Assim como sentida.
Infelizmente nem todos podemos usufruir dela,
Embora para alguns ela seja como uma perfeita novela.

Com a liberdade todos podemos ser mais felizes
Já alguns a tentar ganhá-la ganharam cicatrizes.
Todos devíamos ter liberdade na nossa vida
Mas, como se sabe, para alguns essa flor ainda não está florescida.

Daqui para a frente, espero que com dignidade
Todos consigamos usufruir dessa linda vaidade.
Liberdade faz-nos viver
E, acima de tudo, faz-nos crescer.

Ana Raposo, 9.º B

 

 

Saudade de Abril

Filha da nação, vetusta e gloriosa
sou livre por direito, livre por dever,
Livre pela luta, pela batalha com as correntes
Da nobre nação que o rei levantou,
Que não se deixou cegar,
Que lágrimas, sangue e suor derramou,
Que me deu o Direito da liberdade.

Sou livre, sou livre. Sou mesmo livre.
O “ilustre peito lusitano” libertou-se da escuridão
Abriu os portões, portas e janelas
Deixou de estar só, e tornou-se orgulhosamente acompanhado.
Os cravos prevaleceram,
O mar vermelho afastou a ditadura,
Mas e eu?
Pequenina… no meio da multidão…

Eu vou onde o vento me levar
Porque posso, porque me apetece, porque quero
Sigo o sol e o mar,
Deixo os Raios pintarem-me o cabelo
E as ondas levarem o duro cinzento que prevalecia
E procuro; procuro na bruma um novo amanhecer
E aquele que virá ..
Porque há esperança

Canto a esperança, canto a liberdade, canto a expressão.
Expressão de um coração que tanto palpita,
Que se refugia na saudade de uma pátria feliz
Numa língua tão bela, que tem tanto por dizer,
E usa as palavras como espada e escudo,
Como índole de Revolução e paixão.

Sim, sou livre
Sou saudade de abril
Sou flor que desabrocha no prado seco
Sou mito que é tudo e nada
Sou Portugal, sou de abril.

notas
1 – Referência a “Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões
2- Referência a Fernando Pessoa – “o mito é o nada que é tudo”
Sofia Pedro, 11.º B